quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Voltar

Voltei, 
Com um olhar 
Cheio de algumas dores
Vazio de algumas emoções...
Perdida...
Os lugares já não os mesmos,
Os pensamentos também não.
Também já não te vejo..
Dás o encanto que necessito,
Renasci... e Brilho!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Libelinha


Hamlet


HAMLET: Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem. Mas, silêncio! Aí vem vindo a bela Ofélia. Em tuas orações, ninfa, recorda-te de meus pecados.

OFÉLIA Como tem passado, príncipe, no correr de tantos dias?

HAMLET: Muitíssimo obrigado; bem, bem, bem.

OFÉLIA: Tenho algumas lembranças suas, príncipe, que há muito devolver eu desejara; receba-as, por favor.

HAMLET: Eu, não; eu, não; eu nunca te dei nada.

OFÉLIA: O príncipe bem sabe que é verdade, e com palavras de tão doce anélito, que o valor dos presentes aumentava. Mas, evolado o aroma, agora os trago. Os brindes se empobrecem, para uma alma bem-nascida, de par com os sentimentos de quem os dá. Ei-los aqui, meu príncipe.

HAMLET: Ah! Ah! És honesta?

OFÉLIA: Como assim, príncipe?

HAMLET: És bela?

OFÉLIA Que quer dizer Vossa Alteza com isso?

HAMLET: É que se fores, a um tempo, honesta e bela, não deves admitir intimidade entre a tua honestidade e a tua beleza.

OFÉLIA Mas, príncipe, poderá haver melhor companhia para a beleza do que a honestidade?

HAMLET: Realmente, que a beleza, com o seu poder, levaria menos tempo para transformar a honestidade em alcoviteira do que esta em modificar a beleza à sua imagem. Já houve época em que isso era paradoxo; mas agora o tempo o confirma. Cheguei a amar-te.

OFÉLIA: Em verdade, o príncipe me fez acreditar nisso.

HAMLET: Não deverias ter-me dado crédito, porque a virtude não pode enxertar-se em nosso velho tronco, sem que deste não remanesça algum travo. Nunca te amei.

OFÉLIA: Tanto maior é a minha decepção.

HAMLET: Entra para um convento. Por que hás de gerar pecadores? Eu, de mim, considero-me mais ou menos honesto, mas poderia acusar-me de tais coisas, que teria sido melhor que minha mãe não me houvesse dado à luz. Sou orgulhoso, vingativo, cheio de ambição, e disponho de maior número de delitos do que de pensamentos para vesti-los, imaginação para dar-lhes forma, ou tempo para realizá-los. Para que rastejarem entre o céu e a terra tipos como eu? Todos somos consumados velhacos; não deves confiar em ninguém. Toma o caminho do convento. Onde se encontra teu pai?

OFÉLIA: Em casa, alteza

HAMLET: Que lhe fechem as portas, a fim de impedirem que faça papel de tolo, a não ser em sua própria casa. Adeus.

OFÉLIA: Ajuda-o, céu de bondade.

HAMLET: Se tiveres de casar, dou-te por dote a seguinte maldição: ainda que sejas casta como o gelo e pura como a neve, não escaparás à calúnia. Vai; entra para o convento; adeus. Ou então, se tiveres mesmo de casar, escolhe um néscio para marido, porque os assisados sabem perfeitamente em que monstros as mulheres os transformam. Para o convento, vai; e isso depressa. Adeus.

OFÉLIA: Poderes celestiais, restituí-lhe a razão!

HAMLET: Conheço muito bem vossas pinturas; Deus vos deu um rosto e arrumais outro; andais aos pulinhos e com requebros, falais cheias de esses e dais nomes indecentes às criaturas de Deus, fazendo vossa leviandade passar por inocência. Vai; não insisto, porque foi isso que me deixou louco. O que digo é que não teremos casamentos; os que já são casados, com exceção de um, hão de continuar vivos; os de mais, prosseguirão como estão. Para o convento; vai!


(Sai.) OFÉLIA: Que nobre inteligência assim perdida!

O olho do cortesão, a língua e o braço do sábio e do guerreiro, a mais florida esperança do Estado, o próprio exemplo da educação, o espelho da elegância, o alvo dos descontentes, tudo em nada! E eu, a mais desgraçada das mulheres, que saboreei o mel de suas juras musicais, ter de ver essa admirável razão perder o som, qual sino velho, essa forma sem par, a flor da idade, fanada pela insânia! Ó dor sem fim! Ter já visto o que vi, e vê-lo assim!


Presença


Neste corrupio…
De sentimentos, de vontades…
Sei que estarei sempre aqui….
Para ti e para mim…
Auxiliando os defeitos
E realçando qualidades….
A chuva pode cair,
O nevoeiro enevoar,
Que a presença será sempre única.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Rever


Hoje revi uma pessoa que já não via há muito tempo, por deixar sempre para amanhã a visita, porque sabia que ela estaria sempre lá e o tempo foi passando e ela envelhecendo. Sinceramente não sei precisar há quanto tempo não a via.. mas há muito!
E aconteceu hoje essa visita, ela a minha casa, e vi uma pessoa que eu gosto tanto mas tão envelhecida, nem me conhecia, tão diferente. Abracei-a, beijei-a e apertei tanto aquela mão e tudo me foi retribuído!
Culpei-me por ter adiado sempre as visitas. 
De repente ficou tudo tão triste e só penso ELA NÃO ME RECONHECE!

Pôr do Sol - Esposende


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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Certeza



Vamos trocar risos e sorrisos,
Vamos sentir um ao outro
Ansiar pelo fim antes do inicio,
Perder a noção.
Acalmas-me, ao mesmo tempo
Causas uma palpitação…onde quase exijo
A tua presença.
A certeza é que a tua face será
Regada pelos meus beijos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Momento


Hoje
Fiquei vazia de lucidez
Uma atracção  .. sentes e eu sinto.
Mesmo longe… sei que ela está cá.
De repente, despertei do tempo…
Um tempo parado, triste e sem vontades.
Anseio pelo odor, pelo tacto
Pela expressão, pelo imenso…
Pelo momento.


          

ET


terça-feira, 29 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Afinidades


Afinidades
Ter o mesmo pensar
Ter o mesmo olhar
O confiar….
O partilhar…
O alento que me dás, mesmo estando
Com memórias recentes.
Por vezes falo tanto
Que não te dou tempo… para tu me veres..
Mesmo assim ouves e gostas de me ver.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Falta


Falta

Fazes-me falta
Palpável.. uma falta que dói.
Olho o infinito e vejo-te
Viro o rumo e não te sinto
Perdida..  sem saber olhar-te
É isso ! Não sei ver-te.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Esquecer


E se me esquecesse de ti..
Não estaria bem..
Estaria sim, louca…
Por esquecer alguém que me tenha adorado tanto..
Por vezes distancio-me..
Compreende o incompreensível…
Sabes …
Tu sabes tudo…

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vida


Muito antes de tudo
Sabia que a vida era um suporte
Muito antes dela
Pensava saber o que era sofrer.
Passou-se segundos, minutos, dias,
E cá estou eu encantada de novo pela vida!
Muito mais realista, equilibrada
Mas de olhos sempre a brilhar
E na boca um sorriso,
Talvez um sorriso mais apagado
Mas que irá abrir-se
De novo para a vida e desafios.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Rimos


Rimos
Rimos tanto
Abraçamos muito
Cantamos mais ainda….
Relembro sempre….
Gargalhadas saudosas
Mãos dadas, dedos entrelaçados
E….
Continuámos assim….
Mais adultos, mais maduros
Mas com o mesmo olhar
Com o mesmo sorriso…
Rimos sempre!

Amigo


Amigo
Amigo, muito se fala desta palavra e tantas vezes não fazemos ideia do valor que ela tem.
Acho que um amigo não precisa de estar sempre ao lado, a telefonar, a lembrar, a cobrar, no entanto eu gosto e sinto necessidade de quando tenho amigo (s), estejam presentes, que me liguem e que se mostrem, costumo dizer sempre ( porque li algures esta frase), um amigo é como uma planta se não a regas ela seca…. E na amizade é mesmo assim.
Claro que temos sempre de respeitar o espaço da outra pessoa porque ela precisa, por vezes demonstro uma atitude possessiva mas com tendência a diminuir.
Já passei por fases em que sabia da existência dos amigos e achei por bem não os ter por perto. Porquê? Nem eu sei responder… mas aqueles que eram mesmo, mesmo amigos estiveram presentes….
Obrigado aos meus amigos. Poucos mas que gostam de mim.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Castelo Guimarães


Escuro


Escuro
Percorro a estrada iluminada
Imagino-te tão perto
Lembro-me de estares tão longe
Sorrio perante as lembranças
Este vento acaricia a minha face
Relembrando-me dos teus carinhos
Onde a minha felicidade ainda vive.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Estremecer


Estremecer
Quando sinto a loucura da paixão
Em que já não sei o que é a razão
Em que me perco em pensamentos
E sensações estremecidas a cada respirar,
Ouço a nossa respiração ofegante
Queria viver aquele momento eternamente
Viver na ilusão de que pode ser para sempre
Onde um simples olhar diz tudo, pensa tudo.

Acordar


Acordar
Ver o nevoeiro, onde apenas se vê o longe…
Ver um percurso cheio de pedras…
Ter de o percorrer
Para alcançar a verdadeira realidade
Sorrir para esse acordar
Pois será esse o lugar
Onde estará um recanto de dias felizes.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Caminho


Olhar para a janela
Olhar sem ver,
Mas sentir muito
Sentir uma confusão, um desnortear,
Voltar a a olhar e nada imaginar.
Tentar reerguer e as pernas não o conseguirem
Sem rumo, sem um caminho
As estrelas brilham para mim
Denunciando um rasto daquilo
Que já fui.


A crise e os seus (d)efeitos!

Actualmente verifica-se uma diminuição dramática do poder de compra dos portugueses em que cada português só pode contar com uma coisa PERDAS : perda de direitos, com a perda de poder de compra e com a perda da sensação de que a justiça é igual para todos .


Para além do aspecto desmotivador das noticias que nos chegam dia após dia de que 2012 irá ser pior, o português depara-se com o efeito psicológico  da derrota!


É-nos dito que juntos conseguimos, mas JUNTOS quem??? A pobre dita classe média que paga tudo ou a classe baixa que pouco pode pagar mas mesmo assim cortam apoios essenciais para a sua dignidade.


É com tristeza que vejo casais em que cada um ganha 650 € e lhe é cortado o abono com a justificação de que não precisam pois já são "classe média".


Para quem serão os apoios no futuro??? se até à classe baixa retiram apoios.
AH!!!! Deve ser para outro TGV; outro aeroporto ou outra obra megalómana que se irão lembrar para dizer ao MUNDO que somos evoluídos quando na realidade estamos FALIDOS, mais do que falidos estamos desiludidos.


Enquanto não houver cadeia para detentores de cargos públicos e não só que lesem o Estado não haverá confiança nem paz no povo português.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Actividades extra-curriculares

Muito antes de ser mãe, sempre achei um exagero a quantidade de actividades extra curriculares a que as nossas crianças estão sujeitas. Até porque a maior parte das vezes o objectivo não será que o filho estude e aprenda mas que se mantenha ocupado, esquecendo muitas vezes que a criança precisa de brincar, de tempo livre mas dando aos pais mais tempo para a vida deles e estarem mais tranquilos.

Claro que se não houver outra solução os pais terão de encontrar outra solução, mas será melhor ver a actividade que o filho terá mais apetência ou então estas ocupações podem mais tarde tornar-se num grande problema.

Devemos sempre deixar os nossos filhos escolher, porque assim maior é a dedicação e maior a vontade de participar em actividades e claro está será muito proveitoso para a criança quer no presente como num futuro próximo.

Cada vez existem mais entidades/ associações que oferecem estes serviços, devemos ter sempre atenção à formação dos responsáveis e também à opinião das outras crianças e pais que já por lá passaram, pode acontecer que a criança tenha optado juntamente com os pais uma actividade e a mesma sair frustrada por isso há que tentar novamente.

Para concluir acho mesmo que as actividades extra curriculares devem ser principalmente onde a criança se possa divertir e sentir-se bem.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Europa cansada e cansativa

Hoje de manhã acordei com uma ideia:


Como seria o novo " 25 Abril " ? Numa sociedade em que a nossa autonomia é fictícia,  pois dependemos há muitos anos dos nossos " amigos" europeus que nos dizem com palmadinhas nas costas o que fazer e quando fazer.


Será que as nossas forças armadas altamente especializadas  ( meia dúzia de gatos pingados ) teriam pulmões para se fazerem ouvir?


Será que os nossos políticos estariam suficientemente independentes das ordens europeias para levar o país a uma NOVA LIBERDADE?


Será que o POVO teria novamente a alma de outros tempos em que a Pátria era a Mãe??
Será? Será? Será?

Bemvindos

Acreditem que nunca pensei ter um blog, no entanto nos últimos tempos é uma tema que tem surgido em conversas com conhecidos e amigos. Recentemente fui desafiada por um amigo a criar mesmo um blog e passar da teoria à prática e cá estou eu, meio perdida e até algo confusa.
Nestes últimos meses a minha vida foi um reboliço de emoções e de vivências que me transformaram numa pessoa mais calma e ao mesmo tempo mais impaciente.
Desejo aqui partilhar opiniões, acontecimentos, desabafos.....
Actualmente no nosso quotidiano não faltam temas  e eu como todos vocês terei sempre a minha opinião onde desejo a vossa participação.
Até breve.